Buscando o aprimoramento dos serviços de saúde na capital alagoana, a Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com o Centro Universitário Cesmac, está proporcionando a prática de um projeto-piloto chamado “Medida Desacompanhada da Pressão Arterial em Unidades da Atenção Básica de Maceió”, que está sendo oferecido no Centro de Referência em Doenças Crônicas – Diabetes, Obesidade e Hipertensão (CDOHC) do Pam Salgadinho (Bloco B).
Desenvolvido por estagiários do Centro de Pesquisa Clínicas Dr. Marco Mota do Cesmac, o projeto tem o objetivo de ser incorporado nas unidades de saúde da Atenção Básica do município de Maceió, trazendo precisão no resultado da verificação da pressão arterial, por meio de um equipamento moderno e seguro, que registra de forma sensível e específica a pressão arterial do paciente, evitando, assim, erros em diagnósticos de hipertensão.
“Hoje em dia, as pessoas acabam tendo o diagnóstico de pressão arterial por causa de um milímetro de mercúrio (mmHg). A pessoa que tem uma pressão sistólica de 139 mmHg é considerada pré-hipertensa, mas, a partir de 140 mmHg, ela já é considerada hipertensa. Percebe-se que é uma linha muito tênue, então quanto mais a gente conseguir fazer uma aferição bem apurada, com equipamento calibrado e validado, a gente vai conseguir dar um diagnóstico preciso e fazer o tratamento preciso desse paciente”, explica a estudante de Medicina e participante do projeto, Ana Karolina de Jesus.
Como acontece o projeto
Em articulação com a Coordenação Técnica de Atenção Especializada, o projeto-piloto está sendo desenvolvido no CEDOCH do Pam Salgadinho. Contudo, tem o intuito de ser implantado nas unidades da Atenção Básica de Maceió.
Ao chegar no Bloco B, o usuário é convidado a participar do estudo e logo após é apresentado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para que possa ser assinado pelo próprio paciente e, em seguida, a equipe explica como vai acontecer o procedimento.
Os profissionais colocam a braçadeira no paciente e o orienta a apertar o botão do equipamento, após um minuto da saída dos profissionais da sala do exame. Com isso, o equipamento vai registrar a pressão arterial três vezes, no intervalo de um minuto e depois dará uma média dessas medidas.
O método acontece com o paciente sozinho em sala para evitar o “efeito do jaleco branco”, termo utilizado para as pessoas que não têm doença de pressão alta mas toda vez que vai ao médico ou em outro profissional de saúde para avaliar a pressão arterial, ela se encontra alta.
Segundo Ana Karolina, o estudo está sendo realizado para uma futura comparação entre a aferição da pressão arterial casual e a desacompanhada para que, posteriormente, o método seja viabilizado nas unidades de saúde da Atenção Básica do município de Maceió.